segunda-feira, 24 de junho de 2013

A greve



No passado domingo foi dia de almoçar fora (viva os luxos) com a família. O local escolhido está algures perdido por Odivelas e "ofereceu-nos" uma degustação de picanhas e afins.
Estávamos nós entre garfadas, quando surge o tema da greve geral. Tenho um familiar que trabalha para o estado e simplesmente não quer fazer greve, ao contrário de muitos dos seus colegas e superiores. Moral da história, pode ser obrigado a "trabalhar" até 24 horas (!) tudo porque o seu superior "espalhou" a palavra pelos colegas de que não deveriam "render" o meu familiar (sucintamente, é um trabalho por turnos em que o colega prossegue o trabalho até ao próximo turno) tentando assim castigar a "ousadia" de não ficar em casa ou talvez de ir para a praia esticar as peles ao sol.
Será esta a mentalidade que reina nos quadros superiores da função pública? 
Sincera e lamentavelmente acredito que sim! 
Todos os dias, dezenas ou algumas centenas de imbecis proclamam palavras de desordem, revolução e "cospem" umas barbaridades como liberdade, trabalho, direito à greve, etc... Estes são, não raras as vezes, o funcionário público que não gosta do que faz, que se sente enfadado com o seu trabalho e não se esforça o mínimo para prestar o seu serviço público, que humilha ou que goza com o cidadão comum, do auge do seu "tacho" orientado por um qualquer primo em segundo grau ou até mesmo por algum "favor" extorquido ou "violado".
Continuo sem perceber como não existem avaliações "à séria" de todo o funcionário público, ora se eu fizer "nestum" no meu trabalho, tenho possivelmente o meu "chefe" à perna, ou não?
Sou da opinião que temos uma função pública "obesa" com pessoas a mais e com mais de metade dessas pessoas acomodadas e sem vontade de evoluir ou prestar um bom serviço público.
No fim de tudo, encaram a "ideologia" da greve como um dia de férias para ir gastar o subsídio que não ganharam através do cartão de crédito que não pagaram.

Sempre ouvi dizer que "a liberdade do individuo acaba no momento em que interfere com a liberdade de outrem", ora que liberdade é esta que "obriga" as pessoas a cumprirem a greve quer queiram quer não queiram?

Esta história, num qualquer País nórdico, seria levada a sério e os "ditadores" da greve não se escapavam a um "belo" processo disciplinar.

Uma proposta diferente, que tal o Estado Português começar a descontar 2 dias de férias por cada dia de greve?
Aposto que a "adesão" seria menor...